quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Para o autor do artigo«na internet todos os idiotas se encontram(antigamente tinham de fazer algum esforço)e,pior,todos dizem o que tem a dizer.O que encanta milhões de pessoas no facebook é a capacidade de estabelecer uma rede de contactos entre gente que não tem nada a dizer-mas diz.E diz sobre tudo e todos,numa espécie de explosão de efeitos ainda desconhecidos.De certa maneira,na internet escusamos de fazer perguntas as pessoas;graças ao facebook elas abrem a sua casa,mostram a intimidade a cada minuto,exprimem opinião sobre tudo o que acontece,exibem a vida sexual,informam sobre o seu estado civil e sentimental,espalham boatos,provocam danos irreversíveis sob um certo anonimato,destroem amigos e casamentos,prestam informações que a imprensa tradicional não acolhe,colocam-enfim toda a gente em rede(...)com o facebook deixou de haver tempo pessoal:o tempo dos utilizadores é acima de tudo,o tempo dos outros utilizadores,exigente,curioso,veloz,cruel.Isto é tão perverso como perigoso:em certa medida,um utilizador insistente e obsessivo do facebook ou não tem vida própria ou só a tem em função do que aparece na página pessoal(...)»

Para este dia de sol

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Onde estão os homens e mulheres de boa vontade?

Tenho vergonha do meu país que deixa os seus velhos abandonados em casa

Tirei o meu curso de geriatria há 14 anos e agora como visitadora de idosos no voluntariado percebo que o nosso país continua a tratar mal os nossos velhos

Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas...

Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória da alegria e da bondade,

Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Que belas terças feiras

O golfinho mais velho do mundo em cativeiro morreu este domingo, no Zoomarine, no Algarve.

Em comunicado divulgado esta terça-feira, o Zoomarine conta que Sam tinha 50 anos e estava no Algarve há 20.

«O peso dos anos (muitos mais do que é normal para esta espécie, sendo um macho) acabou por vencer. O Sam teve uma vida muito cheia e encheu a vida de muitos de nós. Ajudou a reforçar a convicção que diferentes espécies podem e conseguem comunicar», escreveu Élio Vicente, director de Ciência e Educação do Zoomarine.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fotógrafa sul-africana ganha prêmio da World Press Photo 2010

AJUDEM A MARIA!!!!

As crianças não têm passado, nem futuro, e coisa que nunca nos acontece, gozam o presente
Autor: La Bruyère , Jean de    

Pedra Filosofal


Poema do alegre desespero

Compreende-se que lá para o ano três mil e tal
ninguém se lembre de certo Fernão barbudo
que plantava couves em Oliveira do Hospital,

ou da minha virtuosa tia-avó Maria das Dores
que tirou um retrato toda vestida de veludo
sentada num canapé junto de um vaso com flores.

Compreende-se.

E até mesmo que já ninguém se lembre que houve três impérios no Egipto
(o Alto Império, o Médio Império e o Baixo Império)
com muitos faraós, todos a caminharem de lado e a fazerem tudo de perfil,
e o Estrabão, o Artaxerpes, e o Xenofonte, e o Heraclito,
e o desfiladeiro das Termópilas, e a mulher do Péricles, e a retirada dos dez mil,
e os reis de barbas encaracoladas que eram senhores de muitas terras,
que conquistavam o Lácio e perdiam o Épiro, e conquistavam o Épiro e perdiam o Lácio,

e passavam a vida inteira a fazer guerras,
e quando batiam com o pé no chão faziam tremer todo o palácio,
e o resto tudo por aí fora,
e a Guerra dos Cem Anos,
e a Invencível Armada,
e as campanhas de Napoleão,
e a bomba de hidrogénio,
e os poemas de António Gedeão.

Compreende-se.

Mais império menos império,
mais faraó menos faraó,
será tudo um vastíssimo cemitério,
cacos, cinzas e pó.

Compreende-se.
Lá para o ano três mil e tal.

E o nosso sofrimento para que serviu afinal?

António Gedeão

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Beja vai receber “intercidades novinho em folha”
O Grupo de Trabalho composto por representantes da Assembleia Municipal de Beja e do Grupo de Cidadãos - criado no seio da Associação de Defesa do Património de Beja - está a preparar a concentração no Largo da Estação da CP em Beja com o objectivo de assinalar os 147 anos da abertura da linha de comboios do Sul. Os promotores anunciam que “está a ser preparada uma festa de arromba com um gigantesco bolo em forma de linha de comboios entre Beja e Lisboa”.
Para além de uma concentração/convívio com animação musical, nesta acção marcada pela ironia, serão cantados os parabéns e partido o bolo seguindo-se uma degustação colectiva. O programa fecha com a oferta de um intercidades “novinho em folha” à cidade de Beja por parte da “CP” e a tentativa de realizar o maior comboio humano do mundo. Jorge Caetano, membro do Grupo de Cidadãos, deixou na Rádio Pax o programa previsto para a concentração da próxima segunda-feira.
O Grupo de Trabalho apela a todos os Baixo Alentejanos para estarem presentes no dia 14 Fevereiro, a partir 17h30, junto à estação de Beja da CP.

MANU CHAO: LA VENTURA - LIVE ACUSTIC in french

Manu Chao: ♠WELCOME TO TIJUANA♠ unplugged

António Lobo Antunes: “Muitos daqueles rapazes continuam lá” A guerra em Angola é uma memória “dorida” para António Lobo Antunes mas o escritor afirma que foi em África que ganhou o “respeito” por si próprio. “Eu só comecei a ganhar o meu respeito em África. Porque tinha vergonha de mim”, afirmou António Lobo Antunes numa entrevista à Agência Lusa, em Paris, onde esteve para promover a tradução francesa do romance O Meu Nome é Legião. “Lembro-me vagamente de um discurso de Salazar. Julgo que, na altura, tomei por boa a explicação de uma revolta de bandidos e de canalhas que estavam fazendo coisas cruéis e horríveis em África e portanto o governo português mandava para lá uma força pacificadora, quase de polícia, para resolver o problema”, recorda hoje o escritor. “Acho que me portei bem em África”, afirmou Lobo Antunes, que combateu em Angola como jovem oficial do Exército português em 1971-72.