terça-feira, 25 de maio de 2010


A diferença entre a moral e a política está no facto de, para a moral, o homem ser um fim, enquanto para a política é um meio. Pio Baroja (1872-1956), escritor espanhol.

Oscar Wilde condenado por indecência

25 de Maio 1895

Como ponto final de um julgamento escandaloso, o escritor irlandês Oscar Wilde é considerado culpado de "indecência grave" devido às suas relações com o filho do Marquês de Queensberry. Wilde foi condenado a dois anos de trabalhos forçados. Wilde, cujo engenho e extravagância o situaram no centro da vida social e dos círculos literários de Londres, é principalmente recordado pelas suas comédias, como O Leque de Lady Windermere ou A Importância de se Chamar Ernesto. Oscar Wilde utilizou o seu comportamento e as suas obras para pôr permanentemente à prova as fronteiras da ridícula sociedade vitoriana do seu tempo, o que acabou por levá-lo à prisão devido à sua homossexualidade em 1895, no ponto alto da sua carreira. Após a sua libertação em 1897, instalou-se em Paris, onde morreu dois anos e meio depois.

ESTA PRAÇA É ESPECIAL


quarta-feira, 19 de maio de 2010

JÁ PASSARAM 56 ANOS

No dia 19 de Maio de 1954, em plena época da ceifa do trigo, Catarina e mais treze outras ceifeiras foram reclamar com o feitor da propriedade onde trabalhavam para obter um aumento de dois escudos pela jorna. Os homens da ceifa foram, em princípio, contrários à constituição do grupo das peticionárias, mas acabaram por não hostilizar a acção destas. As catorze mulheres foram suficientes para atemorizar o feitor que foi a Beja chamar o proprietário e a guarda.

Na imprensa da época:
Anteontem, numa questão entre trabalhadores rurais, ocorrida numa propriedade agrícola próximo de Baleizão, e para a qual foi pedida a intervenção da G.N.R. de Beja, foi atingida a tiro Catarina Efigénia Sabino, de 28 anos, casada com António do Carmo, cantoneiro em Quintos. Conduzida ao hospital de Beja, chegou ali já cadáver. A morte foi provocada pela pistola-metralhadora do sr. Tenente Carrajola, que comandava a força da G.N.R. No momento em que foi atingida, a infeliz mulher tinha ao colo um filhinho, que ficou ferido, em resultado da queda. A Catarina Efigénia tinha mais dois filhos de tenra idade e estava em vésperas de ser novamente mãe. O funeral realizou-se ontem, saindo do hospital de Beja para o cemitério de Quintos. Centenas de pessoas vieram de Baleizão para acompanharem o préstito, verificando-se impressionantes cenas de dor e de desespero. Segundo nos consta, o oficial causador da tragédia foi mandado apresentar em Évora.

Diário do Alentejo, 21 de Maio de 1954

Catarina fora escolhida pelas suas colegas para apresentar as suas reivindicações. A uma pergunta do tenente da guarda, Catarina terá respondido que só queriam "trabalho e pão". Como resposta teve uma bofetada que a enviou ao chão. Ao levantar-se, terá dito: "Já agora mate-me." O tenente da guarda disparou três balas que lhe estilhaçaram as vértebras. Catarina não terá morrido instantaneamente, mas poucos minutos depois nos braços do seu próprio patrão (entretanto chegado), que a levantou da poça de sangue onde se encontrava, e terá dito: Oh senhor tenente, então já matou uma mulher, o que é que está a fazer?. O patrão, Francisco Nunes, que é geralmente descrito como uma pessoa acessível, foi caracterizado por Manuel de Melo Garrido em "A morte de Catarina Eufémia —A grande dúvida de um grande drama" como "o jovem lavrador da região que menos discutia os salários a atribuir aos rurais e que, nas épocas de desemprego, os ajudava com larga generosidade". O menino de colo, que Catarina tinha nos braços ficou ferido na queda. Uma outra camponesa teria ficado ferida também.

De acordo com a autópsia, Catarina foi atingida por "três balas, à queima-roupa, pelas costas, actuando da esquerda para a direita, de baixo para cima e ligeiramente de trás para a frente, com o cano da arma encostada ao corpo da vítima. O agressor deveria estar atrás e à esquerda em relação à vítima". Ainda segundo o relatório da autópsia, Catarina Eufémia era "de estatura mediana (1,65 m), de cor branco-marmórea, de cabelos pretos, olhos castanhos, de sistema muscular pouco desenvolvido".

Após a autópsia, temendo a reacção da população, as autoridades resolveram realizar o funeral às escondidas, antecipando-o de uma hora em relação àquela que tinham feito constar. Quando se preparavam para iniciar a sua saída às escondidas, o povo correu para o caixão com gritos de protesto, e as forças policiais reprimiram violentamente a populaça, espancando não só os familiares da falecida, outros rurais de Baleizão, como gente simples de Beja que pretendia associar-se ao funeral. O caixão acabou por ser levado à pressa, sob escolta da polícia, não para o cemitério de Baleizão, mas para Quintos (a terra do seu marido cantoneiro António Joaquim do Carmo, o Carmona, como lhe chamavam) a cerca de dez quilómetros de Baleizão. Vinte anos depois, em 1974, os seus restos mortais foram finalmente transladados para Baleizão.

Na sequência dos distúrbios do funeral, nove camponeses foram acusados de desrespeito à autoridade; a maioria destes foi condenada a dois anos de prisão com pena suspensa. O tenente Carrajola foi transferido para Aljustrel mas nunca veio a ser sequer julgado em tribunal. Faleceu em 1964.

terça-feira, 18 de maio de 2010

EM BOAS MAÕS


Nuno Gomes é embaixador timorense para o Desporto e Turismo
O futebolista do Benfica Nuno Gomes tomou hoje posse, em Díli, como embaixador de Timor-Leste para o Desporto e Turismo, perante o Presidente timorense, José Ramos-Horta

segunda-feira, 17 de maio de 2010

POR VEZES PASSAMOS PELA RUAS E O NOME PRENDE A NOSSSA ATENÇÃO

Muhammad ibn 'Abbad al-Mu'tamid ou Abad III (1040-1095) foi o terceiro e último rei da dinastia Abádidas que governaram a taifa de Sevilha no século XI. Foi também um dos poetas mais importantes do Al-Andalus.

Nascido em Beja, al-Mu'tamid era filho do rei Al-Mutadid, conhecido pelo seu carácter cruel. Aos treze anos comandou uma expedição militar que esmagou uma revolta em Silves e o seu pai nomeou-o governador dessa região.

Em Silves, al-Mu'tamid conheceu Ibn Ammar, um poeta nascido em Shannabus, localidade que talvez corresponda à actual Estômbar. Entre os dois estabeleceu-se uma profunda relação, que se especula ter tido uma natureza homossexual. Al-Mu'tamid escreveria mesmo um poema ("Evocação a Silves") sobre a sua juventude com o seu amigo naquela cidade. O pai de al-Mu'tamid sempre viu com maus olhos esta relação e enquanto foi vivo procurou afastar o filho de Ibn Ammar.

Em 1069 al-Mu'tamid sucedeu ao pai e uma das primeiras coisas que fez foi nomear o seu antigo amigo vizir do reino. Ibn Ammar ajudou-o na expansão do reino com a conquista de Múrcia e al-Mu'tamid nomeou-o governador daquela região.

Ibn Ammar era profundamente ambicioso e por diversas vezes conspirou contra al-Mu'tamid. Ibn Ammar usaria mesmo as suas habilidades poéticas para escrever uma série de versos que ridicularizavam al-Mu'tamid e a sua amada, I'timad. Al-Mu'tamid acabaria por prender Ibn Ammar e durante um ataque de fúria entrou na cela onde aquele se achava e matou-o com um machado.

Na corte de al-Mu'tamid reuniram-se alguns dos maiores estudiosos e homens das artes da época, como o astronómo Al-Zarqali (Arzaquel), o geográfo Al-Bakri ou os poetas Ibn Hamdis, Ibn al-Labbana e Ibn Zaydun.

Em 1085 o rei Afonso VI de Leão e Castela conquista a cidade de Toledo, o que representou um duro golpe para o Islão peninsular. Al-Mu'tamid pediu então, relutantemente, a Yusuf ibn Tashfin, emir dos Almorávidas do norte de África, ajuda na luta contra os cristãos. O emir aceitou e enviou as suas tropas, que derrotarram os cristãos em 1086 na Batalha de Zalaca. Contudo, quatro anos depois os cristãos voltaram a ser uma ameaça e al-Mu'tamid renovou o apelo; desta feita, ibn Tashfin não se limitaria a repelir os cristãos, mas também a conquistar os reinos de taifas que existiam na península. Al-Mu'tamid foi feito prisioneiro e desterrado para Aghmat, perto de Marráquexe, onde passaria o resto da sua vida dedicando-se à actividade poética.

Foi enterrado no cemitério local de Aghmat e a sua campa se tornaria local de peregrinação de poetas, bem como das massas populares que o viam como um marabuto. Em 1967 a família real de Marrocos mandou construir no local onde al-Mu'tamid foi enterrado um mausoléu, que foi visitado pelo Presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio em 1998.

Aconteceu numa das minhas visitas de voluntariado

domingo, 16 de maio de 2010


Desde o fim de semana passado que voluntários da Greenpeace se reúnem em frente aos supermercados dos três retalhistas com pior classificação noTerceiro Ranking da Greenpeace - Intermarché, Minipreço, Pingo Doce e Feira Nova – para alertar os consumidores que estas cadeias de distribuição alimentar continuam a contribuir para o desaparecimento rápido da vida dos oceanos. É urgente que estes grandes retalhistas sigam os passos das cadeias mais progressistas e adoptem políticas de compra de peixe que garantam a sustentabilidade dos produtos de pescado que vendem.

quarta-feira, 12 de maio de 2010


A origem da tradição das Maias perde-se no tempo e pode ter várias explicações. Segundo alguns, a Maia era uma boneca de palha de centeio, em torno do qual havia danças toda a noite do primeiro dia de Maio. Por vezes, podia ser também uma menina de vestido branco coroada com flores, sentada num trono florido e venerada, todo o dia, com danças e cantares. Esta festa, de reminiscências pagãs, foi proibida várias vezes, como aconteceu em Lisboa no ano de 1402, por Carta Régia de 14 de Agosto, onde se determinava aos Juízes e à Câmara "que impusessem as maiores penalidades a quem cantasse Maias ou Janeiras e outras coisas contra a lei de Deus...". Ainda segundo outros, o nome do mês de Maio terá tido origem em Maia, mãe de Mercúrio, e a ele está ligado o costume de enfeitar as janelas com flores amarelas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Casa do Benfica de Beja Celebrou 17 Anos com a presença da Águia Vitoria

PROVÉRBIO IBO


Uma escrava será sempre uma escrava se se recusar a pensar por si própria.

Numa sociedade em que os direitos das mulheres estão restrigidas e as suas potencialidades coarctadas,nenhum homem pode ser verdadeiramente livre.Pode ter poder,mas não terá liberdade.
MARY ROBINSON

É já no próximo dia 15 de Maio que a secção de Pedestrianismo dos Amigos da Montanha vai realizar a 6ª etapa dos emblemáticos Caminhos de Santiago.