quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Para o autor do artigo«na internet todos os idiotas se encontram(antigamente tinham de fazer algum esforço)e,pior,todos dizem o que tem a dizer.O que encanta milhões de pessoas no facebook é a capacidade de estabelecer uma rede de contactos entre gente que não tem nada a dizer-mas diz.E diz sobre tudo e todos,numa espécie de explosão de efeitos ainda desconhecidos.De certa maneira,na internet escusamos de fazer perguntas as pessoas;graças ao facebook elas abrem a sua casa,mostram a intimidade a cada minuto,exprimem opinião sobre tudo o que acontece,exibem a vida sexual,informam sobre o seu estado civil e sentimental,espalham boatos,provocam danos irreversíveis sob um certo anonimato,destroem amigos e casamentos,prestam informações que a imprensa tradicional não acolhe,colocam-enfim toda a gente em rede(...)com o facebook deixou de haver tempo pessoal:o tempo dos utilizadores é acima de tudo,o tempo dos outros utilizadores,exigente,curioso,veloz,cruel.Isto é tão perverso como perigoso:em certa medida,um utilizador insistente e obsessivo do facebook ou não tem vida própria ou só a tem em função do que aparece na página pessoal(...)»

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