quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FAROIS

Um dia a convite da ciencia viva
lá fomos os tres visitar o farol e adorei.
«Faróis distantes,
De luz subitamente tão acesa,
De noite e ausencia tão rapidamente volvida,
Na noite,no convés,que consequencias aflitas!
Mágoa última dos despedidos,
Ficção de pensar...
Faróis distantes...
Incerteza da vida...
Voltou crescendo a luz acesa avançadamente,
No acaso do olhar perdido...

Faróis distantes...
A vida de nada serve...
Pensar na vida de nada serve...
Pensar de pensar na vida de nada serve...

Vamos para longe e a luz que vem grande vem menos grande.
Faróis distantes...»
ÁLVARO DE CAMPOS

Nenhum comentário: