domingo, 24 de abril de 2011

25 DE ABRIL

É já na próxima segunda feira, 25 de Abril, que o edifício que faz parte da memória colectiva dos grandolenses abre as portas à população. A inauguração está marcada para as 16h30, seguida de um concerto com Carlos Martins e Pedro Jóia.



Uma obra de requalificação e ampliação, no valor total de 1 milhão e 380 mil euros financiada pelo INALENTEJO, no âmbito do Programa de Regeneração Urbana, que vai devolver ao Centro Histórico da Vila, um dos seus edifícios mais emblemáticos.



O Cineteatro Grandolense e Sede da SMFOG, um edifício do Sec. XVI, tem capacidade para 72 lugares sentados e vai permitir a realização de recitais de música, encontros de poesia, colóquios e seminários. Este é um espaço multifuncional já que apresenta uma estrutura inovadora em que as cadeiras podem ser recolhidas para debaixo do palco, transformando a sala num espaço amplo que permite a produção de pequenas exposições e concertos de carácter mais intimista.



Agendados até ao final de Abril, com inicio às 21h30 estão os espectáculos com o Grupo Coral e Etnográfico Coop (26), Grupo Jovens Acordeonistas de Sant’iago (27), Grupo Coral Polifónico Vozes de Grândola (28), Quarteto Barroco Litoral – Serenata à Noite (29) e Pedro Cardeira Cabral (30).



José Afonso actuou a 17 de Maio de 1964 na Sede da SMFOG, e impressionado com a dinâmica da colectividade compôs a canção “Grândola Vila Morena”, símbolo dos ideais da liberdade, igualdade e fraternidade, e dez anos mais tarde, senha e símbolo do 25 de Abril.



A história do edifício começa em 1568 quando foi edificada a Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Grândola e, contíguo à Igreja, foi mandado construir um hospital no ano de 1603.

A Igreja seria adquirida em 1921 pelo lavrador João Rodrigues, que mandou construir em 1934 o Cine teatro Grandolense, o qual constituiu, durante trinta anos, o principal centro da actividade cultural de Grândola.



O edifício do antigo hospital é desde a década de 1930 a sede da SMFOG – Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, que durante o Estado Novo desenvolveu, uma relevante actividade cultural em defesa dos valores da liberdade e da democracia. Na década de 60 foram promovidos espectáculos, encontros e conferências com importantes figuras da oposição ao regime: Romeu Correia, Alves Redol, Antunes Silva, Lopes Graça, Carlos Paredes e Zeca Afonso.



Este espaço cultural está aberto ao público para visitas de 26 a 29 de Abril das 17h às 19h



Entrada livre nos espectáculos

Nenhum comentário: